Além de todo o conteúdo sobre Acolhimento Familiar que você encontra em nosso site e aqui no nosso blog, o Instituto Geração Amanhã também disponibiliza gratuitamente para download o e-book “Acolhimento Familiar – Características, Vantagens e Como Funciona”. Nele você encontra as dúvidas mais frequentes sobre o tema, respondidas de forma simples e direta, além de leis atualizadas, diferenciais entre as modalidades de acolhimento e muito mais! Traremos aqui apenas um escopo de alguns tópicos que estão na obra completa.
Por exemplo: sabia que a família acolhedora precisa ser preparada e treinada previamente pela equipe técnica do Serviço de Acolhimento antes de receber a guarda provisória da criança ou adolescente? Esse treinamento é chamado de capacitação, e traz orientações, tanto do ponto de vista psicológico quanto de outras questões e desafios que possam surgir durante a convivência familiar.
Falando em questões psicológicas, não podemos nos esquecer do momento do “desacolhimento ou desligamento”, que é quando a criança ou adolescente sai da família acolhedora e volta para sua família de origem ou vai para a família extensa (avós, tios, etc.) ou para sua nova família adotiva. Além de haver um preparo para essa nova fase na vida da criança e da família, nada impede, dependendo do caso, que se mantenha o contato com a família acolhedora, mesmo que não vivam mais sob o mesmo teto.
Quanto aos requisitos básicos para se tornar uma família acolhedora estão: ser maior de 18 anos (em alguns serviços se exige idade mínima de 21 a 25 anos), não estar habilitado como pretendente à adoção, não possuir antecedentes criminais e não ter nenhum dependente químico entre os familiares, além de outras regras que podem ser determinadas especificamente por cada serviço como comprovantes de residência fixa por período mínimo e atestados de saúde, por exemplo. Mas o requisito fundamental mesmo para qualquer família que pense em se tornar acolhedora é o amor. É necessário ter disponibilidade afetiva e emocional, para praticar o desapego em favor do futuro da criança no momento do desacolhimento.
Diferença entre acolhimento familiar e adoção
O Acolhimento Familiar e a adoção são modalidades completamente diferentes no conceito e na finalidade. O Acolhimento Familiar é prioritário por lei em relação ao acolhimento institucional, mas trata-se de uma medida provisória e excepcional. Já a adoção é um processo definitivo e irrevogável.
Já a adoção é um processo judicial que permite que uma criança ou adolescente se torne legalmente filho de uma família com o qual não possui laços genéticos. Essa medida só pode acontecer quando se esgotarem todas as possibilidades de retorno à família biológica ou extensa (avós, tios etc). O processo é definitivo e irrevogável e os direitos do filho adotivo são os mesmos de um filho consanguíneo.
Evidências científicas têm comprovado que é no período da Primeira Infância, que vai dos 0 aos 6 anos, que se estabelecem as bases de todo desenvolvimento posterior do ser humano, e consequentemente, da sociedade. Estudos comprovam que, a cada ano que um bebê fica acolhido em uma instituição, sem vínculos afetivos ou dedicação às suas necessidades individuais, o resultado são quatro meses de déficit em seu desenvolvimento integral.
É aí que a família acolhedora entra como a modalidade de acolhimento mais recomendável, especialmente para crianças no início da vida que aguardam a solução para sua situação de vulnerabilidade, justamente por permitir a convivência familiar e comunitária. Através dessas famílias, elas são reinseridas no convívio social e recebem carinho e cuidados individuais, com dedicação exclusiva. Esses estímulos são primordiais para que seu desenvolvimento ocorra de forma saudável e correta.
Mas o Acolhimento Familiar não se limita apenas às crianças: ele também é preferencial por lei para crianças e adolescentes de qualquer idade. No caso dos adolescentes acolhidos que têm chances remotas de adoção, a família acolhedora pode fazer uma grande diferença na preparação para a vida adulta. Além do convívio familiar ser restaurado, um ambiente familiar estruturado pode ajudá-los a lidar melhor com seus medos, dúvidas e traumas. Adolescentes que chegam à maioridade e ainda se encontram vivendo com a família acolhedora muitas vezes escolhem, em consenso, continuar vivendo com eles!
Criar vínculos estáveis e seguros é uma das muitas vantagens do Acolhimento Familiar, pois tanto a criança quanto o adolescente encontram alguém em quem confiar e com quem compartilhar experiências. Durante o Acolhimento Familiar, o acolhido tem o apoio da equipe técnica e é informado constantemente sobre como está seu processo de acolhimento e o que está sendo realizado junto à sua família de origem ou em busca de uma família adotiva. Assim, ele se sente seguro, se desenvolvendo e compreendendo que está junto de cuidadores amorosos enquanto sua situação avança perante a justiça.
O Acolhimento Familiar é uma medida excepcional e provisória, até que a situação da criança ou adolescente seja definida: seja retornar à família de origem, ir para a família extensa ou para adoção. O prazo máximo de acolhimento é de 18 meses, mas na prática, não havendo interessados na adoção, o Acolhimento Familiar pode se estender até o prazo previsto por lei, que em alguns programas vai até os 18 anos e em outros até os 21 anos.
Tudo isso é apenas uma parte pequena do conteúdo que disponibilizamos em nosso e-book, que traz ainda respostas para questões técnicas e jurídicas sobre o Acolhimento Familiar, como saber se há um programa em sua cidade, como se cadastrar para se tornar uma família acolhedora, as diferenças entre acolhimento familiar, adoção e apadrinhamento afetivo, leis, sites para consulta e muito mais! Baixe o seu agora mesmo clicando aqui, fique por dentro do assunto e compartilhe o conteúdo com seus amigos e familiares.
